<p style="float: left; width: 100%; margin: 10px 0;"><img src="https://bsbdigital.com.br/envios/2024/01/05/657c3b4be13393daaa610b46bc7c92672a755811.jpeg" width="1000"height="1012" /></p>
9ª Coluna Política da Semana 01/2024
´´POLÍTICA CANDANGA´´ por Narceu de Almeida Junior
Texto:
Caros leitores,
Seguindo nossa coluna analisando o cenário político federal e local do nosso quadradinho, atualizando vocês.
Nossa nona coluna, falaremos sobre o retorno dos trabalhos no legislativo e no executivo, em um ano eleitoral que será um ótimo termômetro nacional municipalista.
Meus caros leitores, um feliz ano novo á todos vocês. Este período de festas de fim de ano se torna uma pausa e uma reflexão de tudo que nos norteia, claro, principalmente sobre política, que está em nosso DNA. E, na continua reflexão nos deparamos com um ano bastante atípico, tanto no legislativo quanto no executivo, local e federal. Um ano que tivemos mudança de governo federal, onde em uma reviravolta nunca vista em nenhuma república democrática no mundo, tendo um presidente retornando ao maior posto político do País, após ter sido preso e subjugado pelo maior esquema de corrupção já visto. Um legislativo mais polarizado desde a última redemocratização de 1988, mas com um líder que bateu recorde na eleição da presidência da câmara, atingindo mais de 95% dos votos de 513 deputados. Seguindo este cenário federal fazemos as seguintes ponderações sobre o ano passado para este ano que se inicia:
Temos um presidente Lula que tem um espectro mais a centro-esquerda do que dos últimos mandatos, saindo vitorioso da eleição mais polarizada que este pais já viu, entendendo que o Congresso Nacional não é o mesmo que estava acostumado e com a sua própria base partidária fracionada entre grupos internos. Vemos um presidente mais moderado, tentando construir um Avatar (uma persona online e off-line) político que comungue não somente com os eleitores de esquerda, mas também com o eleitor mais moderado e não tão polarizado. Acertadamente essa moderação tende a longo prazo ser assertiva. Acreditamos que o maior desafio é e continuará a ser a coalizão, não somente partidária, mas também a política. Aglutinar aliados e partidos em um cenário aonde o legislativo vem funcionando de uma forma personalista e em blocos é um desafio que o presidente Lula terá que com a habilidade que tem reformar administrativamente seu governo já visando o período eleitoral, tendo em vista que o PT e o governo entrara em embate para construir candidaturas municipais no pais inteiro, com isso as costuras e articulações serão feitas em todas as esferas, desde de liberação de recursos, quanto espaços no governo federal.
Do ponto de vista do legislativo federal, temos um congresso muito polarizado, mas ainda com mandatos personalistas, em uma mudança de identidade de acordo com os cenários nacionais e seus espectros municipais e estaduais. Um congresso que se permanece e permanecerá comandado e pautado pelo orçamento individual e de bancada, centrista mais do que nunca e coordenado pelos seus dois maiores líderes (Arthur Lira e Rodrigo Pacheco), esses dois que estarão no fim de 2024 deixando seus postos, terminando suas reeleições. Sendo assim, ambos já constroem sucessores, buscando também ampliar suas bases municipais já pensando em 2026, sendo Rodrigo Pacheco mirando o governo de minas e Arthur Lira mirando a vaga de Senado em Alagoas. Este último, continua comandando a pauta da Câmara federal com unhas e dentes, sendo reconhecido até como REI ARTHUR pelos corredores da casa.
Um ano aonde o fundo partidário será de quase 5 bilhões e a emendas individuais batendo recorde, um congresso polarizado, mas com mandatos personalistas e pautados pelas redes sociais, teremos um ano movimentado e com brigas intensas políticas, segure-se na cadeira que o ano vai ser acelerado politicamente.
Chegamos ao nosso quadradinho amigos, ufa!
Por aqui não teremos eleição, não temos um legislativo tão polarizado e nem com uma identidade definida com o federal, mas aqui temos uma sucessão em vista que mexe já com o tabuleiro político local. A política do Distrito federal continua muito centralizada em torno do governador Ibaneis, este ainda domina o cenário local e assim o continuará em 2024, pautando e sendo a identidade maior da política local, aqui por não se ter eleições municipais, bancada federal mínima (08 deputados federais) não se tem o interesse como as grandes capitais para ativos políticos dos partidos. Mas para nós que somos do quadradinho ,nossas cidades administrativas são como municípios, muitas vezes até independentes de Brasília, ponto esse que torna a câmara legislativa tão distante dos seus eleitores e de seus representantes, tornando os mandatos tão individuais que impossibilitem formação de blocos parlamentares de fato. Temos perfis de deputados distritais mais bairristas do que de causas. Temos alguns exemplos como Daniel Donizete, Thiago Manzoni, Fabio Felix, Max Maciel, Doutora Jane e Dayse Amarilho que são de causas e segmentos. Este já tem seus nichos pré-definidos e bem desenhados, com grandes chances de crescimento caso consigam entender e atender os anseios de seus nichos. Já de outro lado temos os outros deputados que são de bairros, regiões, segmentos patronais e partidários com seus nichos mais políticos que tem uma dependência maior do executivo, pois suas pautas passam pelo executivo, tornando esses deputados quase que obrigatoriamente governistas e de uma certa forma facilitando a vida do Governador Ibaneis para se ter maioria absoluta no legislativo. Um baita desafio para o presidente Wellington formar uma identidade legislativa local, com pautas tão pré-definidas e dependentes do executivo. Um desafio partidário para os partidos aqui do DF, formação de novos grupos e personagens, com uma política local tão centralizada na figura do governador. Fica aqui uma reflexão para fazermos juntos, como descentralizar, como ciclar, como construir novos líderes. Alternância de poder se faz necessária nas democracias e principalmente no legislativo precisamos entender melhor um DF que não para de crescer e com muitas regiões administrativas maiores que muitas cidades e até capitais do pais, necessita de um debate e entendimento melhor sobre nossa capital. Um legislativo que entenda melhor todas as cidades e um executivo que consiga atender as demandas de todos, e não de prioridade as pautas patronais e econômicas em detrimento aos que necessitam de fato do poder público. O econômico não precisa de ajuda, ele precisa de legislação que o ajuda a crescer e expandir, que necessita são os mais pobres e distantes das esferas de poder.
Falando nas eleições municipais que fazem divisa com o DF, vemos uma menor influência nas últimas eleições do lado do DF, o voto de cabresto vem se acabando, a transferência de poder e votos políticos vem derretendo eleição a eleição. Será um desafio para os prefeitos e vereadores do entorno, sendo uma ótima incubadora nacional que influenciara na sucessão aqui no DF em 2026. Falando já nessa última pauta, temos hoje como franca atiradora nossa vice-governadora Celina Leão, buscando criar a reputação sem atropelar as fases seguintes, aglutinar apoios, principalmente entendendo que no DF ainda temos a maioria de votantes de direita, mas com um governo federal de esquerda, Celina não pode e nem deve se dispor com nenhum dos lados, pois política já dizia Magalhães Pinto ``é como nuvem, você olha está de um jeito e quando você olha de novo já está de outro`´, em um cenário como este o melhor a fazer e ficar bem com todos, buscar apoios e construir pontes. Observar as próximas eleições se faz tão oportuno, pois os ciclos das próximas eleições se dará um vislumbre em outubro deste ano.
Nossa coluna ficou maior este começo de ano pois se faz necessário um panorama geral, agradeço a atenção e contem comigo, vamos juntos para um prospero 2024.
Frase do mês: ´´Análise não é opinião. Analise tem embasamento técnico e diretrizes analíticas. Opinião por si só é um pré-conceito definido pelo indivíduo e sua ótica em relação a um tema. Fiquemos atentos colegas políticos ´´
Fica aberto aqui para que debatemos e acatarmos ideias e pautas para tratarmos juntos e analisarmos juntos nossa política. Somente mudamos nossa realidade quando participamos e nos envolvemos, se não podemos mudar o macro, que comecemos pelo micro, pela nossa casa, pela nossa rua, pelo nosso bairro, pela nossa cidade e por nos.
Meu celular caso queiram falar diretamente aos nossos leitores (61) 9.9926-0870
Agradecemos e sigamos: ´´Errar é humano. Culpar outra pessoa é política´´